Você sabe o que é Embolização?
Postado em: 08/12/2023
A interrupção seletiva do suprimento sanguíneo tem se revelado uma abordagem promissora no tratamento de diversas formações patológicas, como tumores e miomas. Por meio de técnicas como a Embolização, é possível direcionar agentes embólicos para bloquear ou reduzir o fluxo sanguíneo que nutre essas anomalias, desempenhando um papel crucial na redução do crescimento tumoral, controle de sintomas associados e até mesmo na preparação para procedimentos cirúrgicos mais invasivos.
Essa abordagem representa uma alternativa inovadora e minimamente invasiva, oferecendo benefícios terapêuticos significativos para pacientes com diferentes tipos de quadros, ao mesmo tempo em que minimiza os efeitos colaterais associados aos tratamentos convencionais. Saiba mais no artigo!
Como funciona a Embolização?
A embolização é um procedimento médico endovascular minimamente invasivo usado para bloquear ou reduzir o fluxo sanguíneo em um vaso sanguíneo ou em um tecido específico do corpo. Geralmente, é realizado por um radiologista intervencionista ou um cirurgião vascular especializado.
O processo de embolização envolve a inserção de um cateter (um tubo fino e flexível) em um vaso sanguíneo através de uma pequena incisão na pele, muitas vezes na virilha. O cateter é guiado por meio de imagens de raio-X ou fluoroscopia até o local alvo.
Uma vez posicionado no local desejado, são injetadas substâncias embólicas no vaso sanguíneo por meio do cateter. Essas substâncias podem variar de acordo com o procedimento e o objetivo específico, mas geralmente são pequenas partículas, molas metálicas, espirais ou agentes químicos.
O objetivo dessas substâncias é bloquear o vaso sanguíneo ou causar oclusão, interrompendo o fluxo de sangue para um tumor, malformação vascular, aneurisma ou outro tecido específico. Ao bloquear ou reduzir o suprimento sanguíneo para essa área, pode-se ajudar a diminuir o tamanho do tumor, reduzir sintomas associados ou até mesmo interromper sangramentos anormais.
Após o procedimento de embolização, o cateter é removido e a incisão é geralmente pequena, o que pode resultar em um tempo de recuperação mais rápido em comparação com cirurgias mais invasivas.
A decisão de realizar uma embolização deve ser cuidadosamente discutida entre o médico e o paciente, considerando os potenciais benefícios e riscos associados ao procedimento.
Quais as aplicações da Embolização?
A EMBOLIZAÇÃO é um procedimento utilizado em diversas áreas da medicina para uma ampla gama de condições médicas. Algumas das principais aplicações da embolização incluem:
- Tratamento de tumores: A “embolização” pode ser usada para reduzir o suprimento sanguíneo para tumores benignos ou malignos, como tumores hepáticos, renais, uterinos (miomas), entre outros. Isso pode ajudar a reduzir o tamanho do tumor, aliviar sintomas associados ou preparar o tumor para uma cirurgia ou terapia adicional.
- Aneurismas: A embolização pode ser empregada para tratar aneurismas, enfraquecimentos nas paredes dos vasos sanguíneos que podem causar dilatações perigosas e até mesmo rompimento. Introduzindo materiais embólicos no aneurisma, é possível bloquear o fluxo sanguíneo para ele e prevenir rupturas.
- Malformações vasculares: Certas malformações nos vasos sanguíneos, como malformações arteriovenosas (MAV) ou hemangiomas, podem ser tratadas por embolização. Ao bloquear o fluxo sanguíneo anormal nessas estruturas, é possível reduzir ou eliminar os sintomas associados.
- Tratamento de sangramentos: Em situações de sangramento anormal, como hemorragias gastrointestinais, hemorragias pós-traumáticas ou sangramentos em órgãos internos, a embolização pode ser utilizada para interromper o fluxo sanguíneo para a área afetada e controlar o sangramento.
- Controle de hemorragia uterina: Em casos de hemorragia uterina grave, especialmente em mulheres com miomas uterinos, a embolização pode ser realizada para reduzir o fluxo sanguíneo para o útero, controlando assim a hemorragia e preservando o órgão.
- Tratamento de varizes: A embolização pode ser uma opção para o tratamento de varizes, onde são injetadas substâncias embólicas nas veias afetadas para fechá-las e aliviar os sintomas.
Essas são apenas algumas das aplicações comuns da embolização na prática médica. A técnica pode ser adaptada para diferentes situações clínicas, sempre com o objetivo de interromper ou diminuir o fluxo sanguíneo em áreas específicas do corpo para tratar condições médicas diversas.
A embolização é uma técnica terapêutica minimamente invasiva com um amplo potencial de aplicações na medicina. Sua capacidade de bloquear ou reduzir o fluxo sanguíneo em áreas específicas do corpo a torna uma opção valiosa no tratamento de uma variedade de condições médicas, desde tumores e aneurismas até malformações vasculares e sangramentos anormais.
A flexibilidade e adaptabilidade da embolização permitem que seja utilizada em diferentes sistemas do corpo, oferecendo uma alternativa menos invasiva em comparação com procedimentos cirúrgicos convencionais. Além disso, muitas vezes resulta em tempos de recuperação mais rápidos, menor tempo de internação hospitalar e menor risco de complicações.
Seu potencial impacto positivo na redução do tamanho de tumores, controle de sangramentos, alívio de sintomas e até mesmo na preparação para procedimentos cirúrgicos mais extensos faz da embolização uma técnica terapêutica valiosa e cada vez mais utilizada na prática médica.
No entanto, é essencial que a decisão de realizar a embolização seja feita após uma avaliação cuidadosa do paciente e das condições específicas, levando em consideração os benefícios e os possíveis riscos associados ao procedimento. O desenvolvimento contínuo de técnicas e materiais aprimorados pode expandir ainda mais o potencial da embolização no tratamento de uma variedade de condições médicas, oferecendo aos pacientes opções terapêuticas mais eficazes e menos invasivas.
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