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O que é uma fístula para hemodiálise e como ela funciona?

Postado em: 05/06/2023

A Fístula Arteriovenosa é um tipo de acesso vascular feito a partir da conexão cirúrgica entre uma artéria e uma veia. O objetivo é redirecionar o fluxo de sangue mais forte presente na artéria para a veia através da fístula, assim o calibre da veia aumenta para que ela possa ser utilizada de uma forma mais fácil e segura nas sessões de hemodiálise.

Se o assunto ainda parece complicado, continue lendo, porque vamos explicar neste post tudo o que você precisa saber sobre a fístula arteriovenosa e sua importância para o procedimento de hemodiálise.

fístula para hemodiálise

O que é fístula arteriovenosa?

Uma parte dos pacientes que apresentam comprometimento total do funcionamento dos rins precisam realizar sessões de hemodiálise. Durante o tratamento, o sangue é filtrado por uma máquina, removendo impurezas, toxinas e eliminando o excesso de líquido, substituindo de forma satisfatória a função dos rins. Assim, ocorre a limpeza do sangue do organismo do paciente.

No entanto, se a hemodiálise fosse realizada em uma artéria ou uma veia comum do corpo haveria o risco de sobrecarregá-la, por causa do alto fluxo sanguíneo que circula por ali durante as sessões. Por isso, é confeccionada uma fístula arteriovenosa.

A fístula arteriovenosa (FAV) consiste em um acesso vascular confeccionado por um cirurgião vascular para facilitar o procedimento de hemodiálise. Aumenta-se o calibre de uma veia para que ela consiga suportar a saída e entrada do sangue no organismo através de agulhas, que acontece de uma forma mais rápida e turbulenta, causando um processo vibratório chamado de frêmito.

Para o paciente, é mais seguro que as sessões de hemodiálise sejam feitas pela fístula arteriovenosa porque ela suporta mais o fluxo sanguíneo necessário para a filtragem.

Como a fístula arteriovenosa é feita?

A confecção da FAV é realizada por um especialista em cirurgia vascular. Consiste em uma cirurgia simples, por ser rápida e feita até com anestesia local. O paciente é liberado logo após o procedimento.

A fístula arteriovenosa para hemodiálise é obtida por meio da junção de uma artéria e uma veia. A artéria tem um calibre maior, sendo que a sua função é conduzir o sangue rico em oxigênio para o organismo; já a veia encaminha para o pulmão o sangue que foi utilizado pelas células e está rico em gás carbônico, que será eliminado do organismo por meio da expiração.

Ao juntar veia e artéria obtemos uma estrutura com um calibre maior, o que possibilita ou facilita a punção e o trânsito sanguíneo. A preferência é para que a FAV seja confeccionada nos membros superiores.

Geralmente, ela é feita na região do antebraço do lado menos utilizado pelo paciente. Assim, se ele for destro, a fístula é confeccionada no braço esquerdo. Também é possível fazer a FAV na região do cotovelo e nos membros inferiores. Nesse último, apenas em casos específicos, pois não consiste em uma prática de rotina.

Depois que a FAV é confeccionada ela ainda não pode ser utilizada porque não está madura o suficiente, e as punções oferecem risco de complicações. É preciso esperar cerca de dois meses para que ela mature e esteja pronta para ser utilizada nas sessões de hemodiálise.

A FAV possui algumas vantagens:

  • Ausência de tubos e cateteres penetrantes na superfície corporal;
  • Uso normal do braço fora das sessões de hemodiálise;
  • Acesso seguro e rápido ao sistema circulatório do indivíduo.

E desvantagens:

  • Necessita ser puncionada com agulha;
  • Precisa de curativo e compressão após a sessão de hemodiálise;
  • Sua presença no braço é perceptível devido ao aumento das veias e cicatrizes dos locais puncionados.

Quais são os cuidados necessários com a FAV?

Diferente do que acontece com outros acessos que envolvem a utilização de cateteres, a fístula arteriovenosa tem um risco menor de infecções. Também provoca menos limitações no braço, apesar de ser recomendado utilizá-lo o menos possível.

O paciente precisa tomar alguns cuidados para não comprometer a fístula, e garantir que ela esteja sempre em boas condições e saudável para a realização da hemodiálise. Por isso, após a confecção, é preciso ter cuidado com a higiene do local, para que não haja inflamações ou infecções.

Durante o período de maturação, o cirurgião vascular poderá recomendar exercícios específicos para que as veias sofram um processo de dilatação e se fortaleçam. Dessa forma, a estrutura ficará ainda mais forte para as punções e o fluxo sanguíneo. 

É importante evitar pressões no braço em que a fístula foi feita, então, o ideal é não dormir em cima do braço, evitar carregar peso ou até mesmo apertar o local. 

Exames de rotina, como aferição da pressão arterial e coletas de amostra de sangue, não devem ser realizados nesse braço. O ideal é evitar quaisquer situações que possam prejudicar a circulação no braço, como um acessório ou roupa apertada. 

No dia a dia, os pelos próximos à fístula não devem ser removidos. Também não é recomendado utilizar cosméticos ou medicamentos sem a liberação do médico, e devem ser mantidos os exercícios conforme a orientação do especialista.

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