Obstruções arteriais periféricas

A obstrução arterial periférica é uma condição que prejudica a circulação do sangue, principalmente nas pernas. Contudo, ela pode ocorrer também nos membros superiores.

É caracterizada pelo depósito de gordura, cálcio e outros elementos na parede das artérias. Isto leva a uma redução do diâmetro das mesmas, ocasionando uma menor irrigação de sangue.

Trata-se de uma condição que afeta entre 3 a 10% da população mundial, aumentando sua incidência para 20% em indivíduos com mais de 70 anos.

Quais são as causas para as obstruções arteriais periféricas?

A obstrução arterial periférica é principalmente causada pela aterosclerose. Esta condição nada mais é que o envelhecimento do vaso sanguíneo com placas de gordura, cálcio, células mortas e outros componentes.

Como resultado, pode ocorrer estreitamento na passagem do sangue ou sua obstrução completa. Os sintomas podem variar desde uma dor para caminhar até falta de circulação tão intensa que pode comprometer o próprio membro.

Entre os principais fatores de risco para seu aparecimento destacam-se:

  • Hipertensão arterial
  • Diabetes melito
  • Níveis elevados de gordura no sangue;
  • Idade acima dos 50 anos;
  • Obesidade;
  • Sedentarismo;
  • Tabagismo;
  • Histórico familiar de doença vascular.

Práticas saudáveis ainda são a principal arma contra o problema: deixar de fumar, fazer exercício e controlar o diabetes, por exemplo.

Diagnóstico e tratamento

No início, esta condição pode ser assintomática, ou seja, não apresentar sintomas. O paciente só percebe quando a dor aparecer, seguida de dificuldade de locomoção.

Em fases mais avançadas, surgem feridas que não cicatrizam ou dor no pé, mesmo parado.

O médico, após realizar a anamnese (análise completa do perfil do paciente), avalia pontos de pulsação na virilha, joelho e tornozelo. Ele compara as pressões sanguíneas nesses locais.

Em pessoas com obstrução arterial, a pressão sanguínea é menor do que nos braços, por exemplo.

Podem ser solicitados exames complementares, como o eco-Doppler e a angiotomografia.

Vale salientar que esta condição não tem cura. Os sintomas devem ser controlados, evitando assim, complicações mais sérias.

O tratamento clínico (não cirúrgico) é usado em casos leves e em pacientes com risco muito elevado e inclui remédios para controle dos fatores de risco, para controle da dor e para melhorar a distância de caminhada. A própria caminhada é um excelente método para melhorar os sintomas.

Nos casos mais avançados, com dor intensa para caminhar, úlceras ou necroses, é preciso realizar a restauração da circulação de forma urgente. Nestes casos, podemos empregar cirurgias abertas (pontes de safena, por exemplo) ou técnicas minimamente invasivas (como o implante de stents por dentro do vaso).

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