Você já ouviu falar em medicina hiperbárica?
A medicina hiperbárica é uma área de atuação da medicina que aplica a oxigenioterapia hiperbárica. Este método de tratamento é usado para infecções e a cicatrização de feridas (agudas ou crônicas), tanto as de origem vascular, quanto as relacionadas a outras especialidades, como a cirurgia geral, cirurgia plástica e ortopedia.
Também é utilizada no tratamento de problemas causados pela descompressão brusca, muito comum em mergulhadores de profundidade. Nela, o paciente respira o oxigênio puro, dentro de uma câmara hiperbárica, em uma pressão maior que a atmosférica.
Nestas condições, o oxigênio é capaz de produzir diversos efeitos benéficos ao organismo, como neutralização de substâncias tóxicas, combate de infecções bacterianas, além de ativação das células ligadas a cicatrização de feridas graves e também potencializar a ação de alguns antibióticos.
A principal função deste especialista é a prescrição e administração da oxigenoterapia hiperbárica. Para isto, o paciente precisa passar por uma análise completa antes de qualquer procedimento, que inclui a avaliação clínica e exame físico.
E o trabalho não para por aí. Ele também realiza revisões periódicas, com o objetivo de observar todo o progresso do paciente. Além disso, deve interagir com com cirurgiões gerais, plásticos, vasculares, ortopedistas, entre outros profissionais, visando sempre o melhor atendimento possível.
Ele possui conhecimento de infectologia, medicina intensiva e também pneumologia.
Para que o procedimento seja realizado, o paciente precisa permanecer dentro de uma câmara hiperbárica, onde respira o oxigênio puro.
Consiste, basicamente, em um compartimento fechado, resistente a pressão, construído de aço ou acrílico.As câmaras monoplace (individuais) utilizadas na IVES propiciam privacidade, higiene e segurança para os pacientes.
Cada sessão dura em torno de 1h a 1h30min. É possível descansar, ouvir música ou assistir a um programa de televisão, pois a câmara possui disponibilidade de entretenimento. Durante esse período, o paciente fica sempre em contato com um profissional da saúde, atento a todo o processo.
Como dito anteriormente, uma das principais indicações do tratamento é para as feridas de difícil cicatrização e infecções graves.
Pacientes diabéticos, com lesões crônicas, amputações não cicatrizadas e infecções ósseas de difícil controle são frequentemente tratados com a oxigenoterapia hiperbárica.
Infecções crônicas em pacientes ortopédicos também são submetidas ao tratamento, assim como retalhos da cirurgia plástica, deiscências de feridas operatórias em geral, fasceítes necrotizantes e extensas áreas de tecidos cruentos expostos.
As úlceras vasculares crônicas como as decorrentes de varizes ou obstruções arteriais podem ser tratadas com a oxigenoterapia hiperbárica, mas a doença vascular de base deve ser abordada simultaneamente.
A inalação de ar com elevada pressão parcial de oxigênio proporciona aumento significativo dos níveis de O2, dissolvido no plasma sanguíneo. Isto leva a uma produção de células endoteliais e queratinócitos, que ajudam na cicatrização das lesões.
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