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Quais são as melhores práticas para a aplicação de curativos para feridas complexas ou crônicas?

Postado em: 26/06/2023

As Feridas Complexas incluem uma grande variedade de lesões de pele e tecidos profundos que não cicatrizam facilmente. Podem ser agudas ou crônicas e requerem tratamento especializado.

Feridas por acidentes, úlceras venosas (nas laterais da perna, acima do tornozelo e abaixo da panturrilha), pé diabético e infecções da pele estão entre as causas mais comuns de feridas complexas. Pacientes acamados ou paraplégicos frequentemente desenvolvem lesões provocadas por uma grande pressão, fricção, tração ou excesso de umidade na pele, chamadas úlceras por pressão, conhecidas popularmente como escaras.

Outros motivos comuns de feridas complexas são as deiscências, ou seja, quando as bordas das feridas, que estão unidas por uma sutura, acabam se abrindo e afastando ou ainda infecções das incisões cirúrgicas. Existem alguns fatores que podem aumentar as chances de deiscência, o principal deles é a falta de cuidado com as orientações médicas no pós-operatório. Mas esta não é a única causa de abertura de pontos, sendo o tabagismo, diabetes, obesidade e hipertensão os motivos frequentes.

O serviço de curativos da Clínica Ives – Medicina Vascular Especializada atua de maneira multidisciplinar, preocupando-se não só com o tratamento da doença que inicia o problema, mas também nos cuidados locais dos diversos tipos de lesões crônicas.

feridas complexas ou crônicas

O que são feridas complexas?

As feridas complexas são lesões que não cicatrizam num período de até 8 semanas. Consequentemente, exigem um tratamento minucioso e com técnicas específicas, como curativos, enxertos de pele e até transplantes de tecidos de outras regiões do corpo.

Podem surgir devido a uma variedade de fatores, como doenças vasculares, traumas, úlceras de pressão, feridas diabéticas, infecções ou condições crônicas que afetam a circulação sanguínea

As características das feridas complexas são:

  • A ferida tem uma perda de pele extensa;
  • São lesões profundas podendo atingir além da pele, hipoderme, subcutâneo, músculo e osso;
  • O paciente com a ferida tem comorbidades como diabetes, obesidade e desnutrição.
  • Presença de infecção local importante.

Só para ter ideia, se não for tratado corretamente, é comum surgirem feridas de pé diabético que não cicatrizam ou na perna, podendo levar até mesmo à amputação em casos graves. 

Este tipo de condição é provocado, normalmente, pelo descuido de uma simples ferida que pode assumir grandes proporções. Portanto, quem possui diabetes necessita avaliar os pés com frequência. A presença de calos, cortes e frieiras denunciam o início do problema, podendo ser acompanhado de forma menos invasiva pela equipe médica responsável pelo caso.

Sintomas 

Os principais sinais das feridas complexas são:

  • Perda de pelo na região afetada;
  • Redução das pulsações das artérias;
  • Forte dor ao levantar as pernas; 
  • Extremidades frias.

Os pacientes com pé diabético, por exemplo, manifestam odor, inchaço, pus, fraqueza nas pernas, perda de sensibilidade e inchaço.

Tipos de feridas complexas

As feridas complexas recebem diversas classificações. Aquelas que não são causadas por comorbidades, mas devido a traumas, são classificadas como traumáticas. 

Já as feridas cirúrgicas complicadas, como o próprio nome indica, são decorrentes de procedimentos complexos e provocadas pela abertura espontânea dos pontos.

Feridas decorrentes de comorbidades, como diabetes, são classificadas em crônicas. Os casos de pessoas que permanecem acamadas por um longo período, acometidas por úlceras de pressão, estão na mesma categoria.

Por fim, as feridas complexas da vasculite são resultantes do processo inflamatório dos vasos sanguíneos, bem como pela imunossupressão. Por isso, é comum em quadros de lúpus, anemia falciforme e artrite reumatoide. 

Tratamento

Antes de mais nada, o tratamento de feridas complexas pode ser cirúrgico ou não. Dessa maneira, quando o organismo está extremamente debilitado ou o caso é detectado precocemente, é possível realizar um acompanhamento menos invasivo. 

Curativos especiais, desbridantes tópicos (removem o tecido necrosado de feridas), emolientes e limpeza do local são os principais métodos recomendados.

Classificação dos curativos

Os curativos podem ser classificados de acordo com a natureza e tamanho da ferida.

Compressivos: quando se deseja reduzir o fluxo sanguíneo no local e promover uma eventual estagnação do sangue.

Oclusivos: são curativos que não permitem a entrada de ar ou fluidos, promovendo assim o isolamento térmico e o vedamento da ferida;

Abertos: são aqueles realizados em ferimentos que precisam ficar expostos;

Semi-oclusivos: são curativos que promovem a absorção do exsudato produzido pela ferida. Desta forma, isolam o local para que a pele adjacente não sofra efeitos.

Tipos de terapia compressiva

Muitas doenças em membros devem ser tratadas não apenas com as coberturas, mas com sistemas de compressão que atingem diretamente a doença causadora da lesão. Em muitos casos é necessário o uso de terapias compressivas (que comprimem o membro de forma controlada). A indicação da compressão deve sempre ocorrer após avaliação do cirurgião vascular. Dentre os benefícios da terapia compressiva, quando bem indicada, temos:

  • Auxilia no retorno venoso do membro exercendo pressão externa;
  • Reduz o edema;
  • Reduz efeitos inflamatórios locais;
  • Auxilia na cicatrização.

O tratamento compressivo é classificado de acordo com o nível de pressão produzida. Podemos ter várias modalidades, a depender de cada caso:

  • Bota de Unna;
  • Sistema Multicamadas;
  • Sistema com Velcro;
  • Ataduras.

Medicina hiperbárica

As sessões de oxigenoterapia hiperbárica, da Medicina Hiperbárica, podem aumentar, em até 20 vezes, o volume de oxigênio transportado pelo sangue. Esse sangue, rico em oxigênio, produz muitos efeitos benéficos no organismo, como: combater infecções causadas por bactérias e fungos; compensar a deficiência de circulação sanguínea causada pelo entupimento dos vasos ou destruição dos mesmos em casos de esmagamentos e amputações de membros; neutralizar substâncias tóxicas e toxinas, potencializando a ação de alguns antibióticos; e ajudar na cicatrização de feridas agudas ou crônicas, traumas e lesões esportivas.

Aproveite a expertise da equipe da Ives – Medicina Vascular Especializada e dê o primeiro passo rumo à cicatrização adequada das suas feridas complexas. Agende agora mesmo sua consulta!

Leia também:

Medicina hiperbárica: para o que serve e quais os benefícios


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